A Copa do Mundo FIFA de 2014 está em
sua vigésima edição. Sendo esta a quinta realizada na América do Sul. O
campeonato começou a ser disputado no dia 12 de Junho e se encerará no dia 13
deste mês. A decisão próxima e eu resolvi trazer para vocês os detalhes
arquitetônicos dos 12 estádios espalhados pelo Brasil.
1. Estádio Governador Magalhães Pinto
(Mineirão), em Belo Horizonte
O projeto de reforma do Mineirão, desenvolvido
pelos arquitetos da BCMF (Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi),
experientes em arquitetura esportiva, inclui uma plataforma de serviços e
comércio que funciona independente do horário dos jogos como uma grande praça
aberta ao público. A esplanada é esculpida e moldada ao terreno, configurando
diversos espaços e programas de necessidades escalonados em desníveis. Essas
praças são integradas com o entorno imediato e percebidas como uma continuação
do solo da cidade.
As modificações no interior do
estádio foram basicamente para atender às exigências da FIFA: acessos,
segurança, capacidade, visibilidade, áreas de imprensa, instalações dos atletas
e logística. O destaque é a extensão da cobertura, fundamental para o conforto
do público dentro e fora do estádio. No entorno, foi necessário reconfigurar o
uso do terreno, antes utilizado quase em sua totalidade como estacionamento,
para dar condições de acesso e apoio ao estádio.
Fonte: www.diariodopoder.com.br |
2. Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha, em Brasília
O projeto de reforma é de autoria de
Castro Melo Arquitetos (Eduardo de Castro Mello e Vicente de Castro Mello).
Quanto ao conceito, o autores afirmaram que a intenção era de preservar a
identidade e os traços de Niemeyer. O projeto tem semelhança com construções
que podem ser vistas ao longo do Eixo Monumental, cercadas de pilares e com uma
grande varanda que funciona também como proteção do edifício principal. Segundo
Eduardo Castro Mello, é o resgate da estrutura colonial brasileira.
Fonte: globoesporte.globo.com |
Fonte: www.ebc.com.br |
3. Arena Pantanal, em Cuiabá
O projeto da Arena Pantanal
apresenta um estádio com característica inglesa e adaptação ao clima local com
conceito sustentável e flexível para multiuso. Por apresentar características
diferenciadas, em especial a proposta de sustentabilidade, foi considerado pela
FIFA como um dos melhores.
Fonte: acopadopantanal.com.br |
Fonte: www.mg.superesportes.com.br |
Fonte: www.mg.superesportes.com.br |
4. Estádio Joaquim Américo Guimarães
(Arena da Baixada), em Curitiba
Caixa iluminada, segundo o conceito
pensado por Carlos Arcos, arquiteto responsável pela arena. Um espaço multiuso,
preparada para receber shows e espetáculos. O projeto tem características do
contemporâneo, onde a iluminação tem papel muito importante. A iluminação do
campo conta com 308 refletores. Para o público, há 4.900 luminárias, todas em
led, além da iluminação cênica interna na cobertura.
Fonte: www.copa2014.gov.br |
Fonte: www.copa2014.gov.br |
Fonte: www.copa2014.gov.br |
5. Estádio Governador Plácido
Castelo (Castelão), em Fortaleza
Foi desenvolvido pelo escritório
Vigliecca & Associados e foi o primeiro estádio da Copa do Mundo a ser
entregue. O Estádio Governador Plácido Castelo é revestido por uma carenagem de
aço inox, fixada em 68 pilares de 42 metros de altura, e por uma “pele de
vidro” de 2.800 metros quadrados, que escondem o concreto do fundo da
arquibancada. A estrutura da fachada, além da função estética, tem propriedade
termoacústica e permite a passagem de luz e a ventilação do local.
A cobertura tem uma área de 36 mil
metros quadrados, com partes em telhas de alumínio e outras de policarbonato.
Durante a obra, foram seguidos critérios de sustentabilidade e eficiência
energética, que continuam na operação da arena e que renderam ao Castelão a
Certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design. Ações como o
reaproveitamento de estruturas já existentes, redução do consumo de água
potável em 67,61%, diminuição de 12,7% do consumo anual de energia e uso de
madeira certificada foram implementadas.
Fonte: www.copa2014.gov.br |
Fonte: www.copa2014.gov.br |
6. Arena da Amazônia, em Manaus
Com arquitetura inspirada na
floresta amazônica que rodeia a cidade de Manaus, a Arena da Amazônia é um
estádio totalmente novo, construído de acordo com premissas de sustentabilidade
e localizado estrategicamente entre o Aeroporto Internacional de Manaus e o
centro histórico da capital amazonense. O arquiteto autor de seu projeto é Ralf
Amann do escritório alemão GMP.
Fonte: www.lfp.es |
Fonte: www.lfp.es |
7. Arena das Dunas, em Natal
O projeto executivo de arquitetura é
da SD Plan, Grupo Stadia, e o de arquitetura, da empresa americana Populous
Architects. As dunas, elemento marcante da região, inspiraram o projeto da
cobertura, cujo design ostenta uma geometria espacial constituída por módulos
denominados ‘pétalas’, independentes e com curvaturas em dois sentidos. A
exemplo das dunas naturais formadas pela ação do vento no entorno de terrenos
costeiros – com a função de resguardar essas áreas da força e invasão do mar –
a cobertura do estádio protege o setor oeste e parcialmente o setor leste,
enquanto os demais (norte e sul) são descobertos.
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br |
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br |
Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br |
8. Estádio José Pinheiro Borda
(Beira-rio), em Porto Alegre
Com base no projeto arquitetônico do
escritório gaúcho Hype Studio, o projeto de reforma do Estádio Beira-rio incluindo
obras de revitalização da orla do Guaíba.
Fonte: www.copa2014.gov.br |
Fonte: www.copa2014.gov.br |
9. Itaipava Arena Pernambuco, em
Recife
O projeto foi desenvolvido pelo Fernandes
Arquitetos Associados. E uma particularidade do projeto e que o torna único
dentre os demais projetos das outras cidades sede para a Copa do Mundo FIFA
2014 é o fato de não estar inserido dentro de uma malha urbana consolidada. O
desafio do projeto é criar uma edificação que esteja totalmente integrada ao
meio ambiente natural e que num segundo momento consiga estabelecer uma relação
de unidade com o futuro desenvolvimento urbano previsto para a região.
Seguindo a ideia de crescimento
urbano da região a edificação possui uma forma de elevação, sempre mais baixa
que os morros existentes do entorno. A sensação é que a construção está sacando
do chão, muito legal! O objetivo é passar a sensação de surgimento, como algo
que brota naturalmente do solo e não de algo totalmente artificial e edificado.
Ao contrário das fachadas verticais a geometria ascendente do fechamento
externo permite uma nova relação com as pessoas e futuras edificações,
diminuindo o impacto monumental normalmente causado por edificações deste
porte.
© Fernandes Arquitetos Associados |
© Fernandes Arquitetos Associados |
© Fernandes Arquitetos Associados |
10. Estádio Jornalista Mário Filho
(Maracanã), em Rio de Janeiro
A reforma do Maracanã foi um pouco
conturbada desde a fase de concepção projetual (teve quem questionou a
modernização afirmando que não passava de uma descaracterização do estádio) até
a finalização das obras. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Fernandes
Arquitetos Associados. Segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro, executor
das obras, o estádio recebeu modificações em seus acessos, aumento no número de
sanitários e de lanchonetes.
O Maracanã ganhou uma nova cobertura
em membrana de teflon e fibra de vidro com tecnologia autolimpante, mas a
fachada - tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) - foi mantida. Para atender às exigências da Fifa de criar pelo menos
14 mil vagas de estacionamento, o projeto utilizou locais em um raio de 1,5
quilômetro em volta do estádio.
Fonte: www.archdaily.com.br |
Fonte: www.archdaily.com.br |
11. Itaipava Arena Fonte Nova, em
Salvador
A Arena Fonte Nova é um grande
exemplo para o uso multifuncional de um estádio. O estádio não é apenas um
local excepcional para jogos de futebol e para a próxima Copa do Mundo de 2014,
mas também oferece um espaço incrível na abertura sul para vários eventos, como
shows e festas.
A implantação da Arena Fonte Nova
tem a forma de uma ferradura, com uma grande abertura na parte sul das
arquibancadas. A forma tradicional em combinação com os aspectos de um desenho
moderno do estádio resulta em uma construção sustentável. A abertura não só
fornece o fluxo de ar ideal para a envolvente do estádio como estabelece,
simultaneamente, uma relação direta com o lago adjacente e também permite o uso
do estádio para atividades multifuncionais. Um restaurante flutua acima da
abertura, como uma ponte, dando aos visitantes uma experiência única com vista
para o campo e para o lago, ao mesmo tempo.
© Erik Salles |
© Manu Dias |
© Ulisses Dumas Vaner Casaes |
12. Arena Corinthians (Itaquerão),
em São Paulo
A Arena Corinthians tem arquitetura
sóbria, definida por dois blocos unidos pela cobertura iluminada por baixo que
a faz parecer flutuar. De forma simples, porém é resultado da aplicação de
tecnologias sofisticadas.
A proposta arquitetônica,
desenvolvida por Coutinho Diegues Cordeiro/DDG Arquitetura, era a ideia de
fugir do lugar-comum, com um desenho mais evolutivo, sem repetir soluções
passadas. O formato retangular aproxima o público do campo e privilegia a
visibilidade de todos os lados.
O projeto atende às questões de
sustentabilidade utilizando soluções e tecnologias para garantir o uso racional
de recursos naturais, economia de água, aproveitamento da água da chuva, diminuição
e reciclagem do lixo gerado, otimização do uso de ar-condicionado, fachadas com
eficiência energética, luz e ventilação naturais.
Fonte: http://arcoweb.com.br/ |
Fonte: http://arcoweb.com.br/ |
Fonte: http://arcoweb.com.br/ |
Finalizo com as estimativas de custo de cada uma das obras. Confiram:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será aprovado pela proprietária do blog e será exibido nesta página. Obrigada!