9 de julho de 2014

Os Estádios da Copa do Mundo no Brasil



A Copa do Mundo FIFA de 2014 está em sua vigésima edição. Sendo esta a quinta realizada na América do Sul. O campeonato começou a ser disputado no dia 12 de Junho e se encerará no dia 13 deste mês. A decisão próxima e eu resolvi trazer para vocês os detalhes arquitetônicos dos 12 estádios espalhados pelo Brasil.

1. Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte

O projeto de reforma do Mineirão, desenvolvido pelos arquitetos da BCMF (Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi), experientes em arquitetura esportiva, inclui uma plataforma de serviços e comércio que funciona independente do horário dos jogos como uma grande praça aberta ao público. A esplanada é esculpida e moldada ao terreno, configurando diversos espaços e programas de necessidades escalonados em desníveis. Essas praças são integradas com o entorno imediato e percebidas como uma continuação do solo da cidade.

As modificações no interior do estádio foram basicamente para atender às exigências da FIFA: acessos, segurança, capacidade, visibilidade, áreas de imprensa, instalações dos atletas e logística. O destaque é a extensão da cobertura, fundamental para o conforto do público dentro e fora do estádio. No entorno, foi necessário reconfigurar o uso do terreno, antes utilizado quase em sua totalidade como estacionamento, para dar condições de acesso e apoio ao estádio.



Fonte: www.diariodopoder.com.br

2. Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, em Brasília

O projeto de reforma é de autoria de Castro Melo Arquitetos (Eduardo de Castro Mello e Vicente de Castro Mello). Quanto ao conceito, o autores afirmaram que a intenção era de preservar a identidade e os traços de Niemeyer. O projeto tem semelhança com construções que podem ser vistas ao longo do Eixo Monumental, cercadas de pilares e com uma grande varanda que funciona também como proteção do edifício principal. Segundo Eduardo Castro Mello, é o resgate da estrutura colonial brasileira.

Fonte: globoesporte.globo.com

Fonte: www.ebc.com.br

3. Arena Pantanal, em Cuiabá

O projeto da Arena Pantanal apresenta um estádio com característica inglesa e adaptação ao clima local com conceito sustentável e flexível para multiuso. Por apresentar características diferenciadas, em especial a proposta de sustentabilidade, foi considerado pela FIFA como um dos melhores.

Fonte: acopadopantanal.com.br

Fonte: www.mg.superesportes.com.br

Fonte: www.mg.superesportes.com.br
  
4. Estádio Joaquim Américo Guimarães (Arena da Baixada), em Curitiba

Caixa iluminada, segundo o conceito pensado por Carlos Arcos, arquiteto responsável pela arena. Um espaço multiuso, preparada para receber shows e espetáculos. O projeto tem características do contemporâneo, onde a iluminação tem papel muito importante. A iluminação do campo conta com 308 refletores. Para o público, há 4.900 luminárias, todas em led, além da iluminação cênica interna na cobertura.

Fonte: www.copa2014.gov.br

Fonte: www.copa2014.gov.br

Fonte: www.copa2014.gov.br

5. Estádio Governador Plácido Castelo (Castelão), em Fortaleza

Foi desenvolvido pelo escritório Vigliecca & Associados e foi o primeiro estádio da Copa do Mundo a ser entregue. O Estádio Governador Plácido Castelo é revestido por uma carenagem de aço inox, fixada em 68 pilares de 42 metros de altura, e por uma “pele de vidro” de 2.800 metros quadrados, que escondem o concreto do fundo da arquibancada. A estrutura da fachada, além da função estética, tem propriedade termoacústica e permite a passagem de luz e a ventilação do local.

A cobertura tem uma área de 36 mil metros quadrados, com partes em telhas de alumínio e outras de policarbonato. Durante a obra, foram seguidos critérios de sustentabilidade e eficiência energética, que continuam na operação da arena e que renderam ao Castelão a Certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design. Ações como o reaproveitamento de estruturas já existentes, redução do consumo de água potável em 67,61%, diminuição de 12,7% do consumo anual de energia e uso de madeira certificada foram implementadas.

Fonte: www.copa2014.gov.br

Fonte: www.copa2014.gov.br

6. Arena da Amazônia, em Manaus

Com arquitetura inspirada na floresta amazônica que rodeia a cidade de Manaus, a Arena da Amazônia é um estádio totalmente novo, construído de acordo com premissas de sustentabilidade e localizado estrategicamente entre o Aeroporto Internacional de Manaus e o centro histórico da capital amazonense. O arquiteto autor de seu projeto é Ralf Amann do escritório alemão GMP.

Fonte: www.lfp.es

Fonte: www.lfp.es

 7. Arena das Dunas, em Natal

O projeto executivo de arquitetura é da SD Plan, Grupo Stadia, e o de arquitetura, da empresa americana Populous Architects. As dunas, elemento marcante da região, inspiraram o projeto da cobertura, cujo design ostenta uma geometria espacial constituída por módulos denominados ‘pétalas’, independentes e com curvaturas em dois sentidos. A exemplo das dunas naturais formadas pela ação do vento no entorno de terrenos costeiros – com a função de resguardar essas áreas da força e invasão do mar – a cobertura do estádio protege o setor oeste e parcialmente o setor leste, enquanto os demais (norte e sul) são descobertos.

Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br

Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br

Fonte: www.galeriadaarquitetura.com.br

8. Estádio José Pinheiro Borda (Beira-rio), em Porto Alegre

Com base no projeto arquitetônico do escritório gaúcho Hype Studio, o projeto de reforma do Estádio Beira-rio incluindo obras de revitalização da orla do Guaíba.

Fonte: www.copa2014.gov.br

Fonte: www.copa2014.gov.br

9. Itaipava Arena Pernambuco, em Recife

O projeto foi desenvolvido pelo Fernandes Arquitetos Associados. E uma particularidade do projeto e que o torna único dentre os demais projetos das outras cidades sede para a Copa do Mundo FIFA 2014 é o fato de não estar inserido dentro de uma malha urbana consolidada. O desafio do projeto é criar uma edificação que esteja totalmente integrada ao meio ambiente natural e que num segundo momento consiga estabelecer uma relação de unidade com o futuro desenvolvimento urbano previsto para a região.

Seguindo a ideia de crescimento urbano da região a edificação possui uma forma de elevação, sempre mais baixa que os morros existentes do entorno. A sensação é que a construção está sacando do chão, muito legal! O objetivo é passar a sensação de surgimento, como algo que brota naturalmente do solo e não de algo totalmente artificial e edificado. Ao contrário das fachadas verticais a geometria ascendente do fechamento externo permite uma nova relação com as pessoas e futuras edificações, diminuindo o impacto monumental normalmente causado por edificações deste porte.

© Fernandes Arquitetos Associados

© Fernandes Arquitetos Associados

 © Fernandes Arquitetos Associados

10. Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), em Rio de Janeiro

A reforma do Maracanã foi um pouco conturbada desde a fase de concepção projetual (teve quem questionou a modernização afirmando que não passava de uma descaracterização do estádio) até a finalização das obras. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Fernandes Arquitetos Associados. Segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro, executor das obras, o estádio recebeu modificações em seus acessos, aumento no número de sanitários e de lanchonetes.

O Maracanã ganhou uma nova cobertura em membrana de teflon e fibra de vidro com tecnologia autolimpante, mas a fachada - tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - foi mantida. Para atender às exigências da Fifa de criar pelo menos 14 mil vagas de estacionamento, o projeto utilizou locais em um raio de 1,5 quilômetro em volta do estádio.

Fonte: www.archdaily.com.br

Fonte: www.archdaily.com.br

11. Itaipava Arena Fonte Nova, em Salvador

A Arena Fonte Nova é um grande exemplo para o uso multifuncional de um estádio. O estádio não é apenas um local excepcional para jogos de futebol e para a próxima Copa do Mundo de 2014, mas também oferece um espaço incrível na abertura sul para vários eventos, como shows e festas.

A implantação da Arena Fonte Nova tem a forma de uma ferradura, com uma grande abertura na parte sul das arquibancadas. A forma tradicional em combinação com os aspectos de um desenho moderno do estádio resulta em uma construção sustentável. A abertura não só fornece o fluxo de ar ideal para a envolvente do estádio como estabelece, simultaneamente, uma relação direta com o lago adjacente e também permite o uso do estádio para atividades multifuncionais. Um restaurante flutua acima da abertura, como uma ponte, dando aos visitantes uma experiência única com vista para o campo e para o lago, ao mesmo tempo.

© Erik Salles

© Manu Dias

© Ulisses Dumas Vaner Casaes

12. Arena Corinthians (Itaquerão), em São Paulo

A Arena Corinthians tem arquitetura sóbria, definida por dois blocos unidos pela cobertura iluminada por baixo que a faz parecer flutuar. De forma simples, porém é resultado da aplicação de tecnologias sofisticadas.

A proposta arquitetônica, desenvolvida por Coutinho Diegues Cordeiro/DDG Arquitetura, era a ideia de fugir do lugar-comum, com um desenho mais evolutivo, sem repetir soluções passadas. O formato retangular aproxima o público do campo e privilegia a visibilidade de todos os lados.


O projeto atende às questões de sustentabilidade utilizando soluções e tecnologias para garantir o uso racional de recursos naturais, economia de água, aproveitamento da água da chuva, diminuição e reciclagem do lixo gerado, otimização do uso de ar-condicionado, fachadas com eficiência energética, luz e ventilação naturais.

Fonte: http://arcoweb.com.br/

Fonte: http://arcoweb.com.br/

Fonte: http://arcoweb.com.br/

Finalizo com as estimativas de custo de cada uma das obras. Confiram:



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