22 de fevereiro de 2014

Um olhar diferente


Pequenos detalhes fazem muita diferença!

Quem disse que construção de baixo custo significa casa de baixa qualidade? De modo algum! Quando a intenção é investir em edificações residenciais de custo reduzido não significa que a produção será de construções em que a economia aconteça de modo a comprometer a estabilidade, o conforto e a estética da edificação.

É possível produzir moradias confortáveis, funcionais e seguras “gastando menos”? A resposta é “sim”! Basta que haja boa vontade, comprometimento e um olhar diferenciado. Um bom exemplo de que isso é possível está refletido no trabalho do Arquiteto Yuri Vidal que elaborou o projeto do conjunto habitacional Box House, em São Paulo. O condomínio foi planejado para atender jovens solteiros, recém-casados, casais com filhos, casais de meia idade, mas todos pertencentes às classes C e D. Casas com 47m² muito bem aproveitados e estruturalmente bem resolvidos. O resultado você confere a seguir:






Saiba mais sobre esta ideia aqui ou aqui!

Outro trabalho realizado no mesmo segmento foi o do Arquiteto Guilherme Leme, que desenvolveu o conjunto habitacional também em São Paulo para atender ao programa Minha Casa Minha Vida. A preocupação com o conforto, estética, estabilidade e entorno resultou em casas atraentes e com espaços acolhedores. Confira o resultado:


Conheça este e outros trabalhos no mesmo segmento aqui.

A lição que devemos tirar de exemplos como estes é a de é perfeitamente possível trabalhar com habitação de interesse social com mais zelo. É provável que “quebrar a cabeça” com um projeto deste tipo seja bem mais instigante do que em qualquer outro. Aliar qualidade, estabilidade, funcionalidade, estética e baixo custo pode não ser tarefa fácil, mas os resultados e a consciência tranquila de estar realmente contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas é, sem sombra de dúvidas, a melhor recompensa.

O "boom" imobiliário com foco unidades habitacionais de baixo custo em diversos lugares do Brasil traz a esperança de redução do déficit habitacional, mas também atrai “aventureiros” para o ramo da construção civil. Faz-se necessário um olhar atento e crítico sobre o que vem sendo produzido. É preciso que construtores e projetistas estejam cientes do papel importante que eles têm com cada futuro morador do imóvel produzido por eles. Não se trata de construir porque virou “modinha”, a ideia vai além do lucro. Estou falando em responsabilidade social.

Nós arquitetos e projetistas precisamos estar em constante estudo a fim de encontrar novas soluções que fujam do tradicional e que possam beneficiar a todos. É evidente que, para isso, é preciso que aqueles que se responsabilizam pela execução estejam abertos a novas possibilidades.


É isso! ;) 

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